quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Como fazer uma horta em casa!



Esse vídeo mostra como fazer uma horta em casa!
É super fácil e prático!

.

Reciclagem de óleos de frituras!


O óleo reciclado é quase todo destinado às empresas fabricantes de massas para vidro. A sobra é usada para testes em motores movidos a biodiesel

Uma receita positiva está sendo posta em prática desde abril passado, na cidade paulista de Americana, onde o Sindicato dos Condomínios do Estado de São Paulo (Sindicond) implantou o piloto de um projeto de reciclagem do óleo de frituras. Aquele resto da frigideira que, inadvertidamente, a maioria despejava na pia sem os cuidados necessários agora é reaproveitada com ganhos visíveis para todos.

A empresa responsável pela reciclagem cuida também da coleta. São 205 condomínios envolvidos no programa, nos quais residem cerca de 14 mil famílias. Em cada um deles foi colocado um tambor de 60 litros, para o depósito do óleo usado. Após o tratamento, as impurezas são levadas para o aterro sanitário de Paulínia. A água que resta após a separação segue para São Paulo, onde a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp - a trata e devolve ao meio ambiente. O óleo reciclado é quase todo destinado às empresas fabricantes de massas para vidro. Sobra ainda um quinhão para a Prefeitura de Americana, que usa o produto nos testes ora em andamento em motores movidos a biodiesel.

A idéia nasceu a partir de uma enquete, feita pelo Sindicond, sobre a destinação do óleo de fritura pelas famílias moradoras dos 205 condomínios de Americana. “O resultado foi preocupante para os rios e ruas de nossas cidades”, diz o presidente da entidade, José Luiz Bregaida, referindo-se à resposta que predominou: 71,54% dos moradores assinalaram a opção “Joga na pia da cozinha”. A segunda opção mais escolhida, com 15,45%, foi “Coloca junto ao lixo doméstico”.

O Sindicato animou-se sobretudo com os bons resultados já obtidos pelo programa de coleta do lixo reciclável, implantado anteriormente em parceria com a Prefeitura de Americana. O impacto social se expressou no bem estar de mais de 30 famílias de catadores, que saíram das ruas, organizaram-se em duas cooperativas e hoje têm rendimentos assegurados pela separação e venda dos resíduos reaproveitáveis. Das 1.500 toneladas despejadas por mês no aterro sanitário de Paulínia, o programa já conseguiu reduzir um terço deste volume, reciclando mensalmente 500 toneladas.

“Vamos avançar mais”, promete o presidente do Sindicato, lembrando que o piloto da reciclagem do óleo de fritura em Americana serve para a avaliação de dificuldades e aprimoramento do programa, que deverá ser estendido a quase todo o estado de São Paulo, exceto na Baixada Santista, fora da área de atuação do Sindicond.

(fonte: http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=337)

Dúvidas e Sugestões!

Comente este post e junte as suas idéias às nossas idéias sustentáveis!
:)

domingo, 8 de agosto de 2010

Carona Sustentável ?! o.O

Todos os dias temos que nos deslocar para nossos trabalhos, faculdades ou outros compromissos quaisquer e sabemos que em nosso país o sistema de transporte público é precário. Brasília, por exemplo, tem ônibus ruins, que demoram a passar e sempre estão lotados...

É óbvio que é muito mais cômodo andar de carro. A gente entra nele na hora em que quer, se desloca com muito mais velocidade e conforto. O único problema nesta é história é que quem paga a conta de toda esta poluição produzida por muitos carros nas ruas é nosso ar e nosso meio ambiente.

A poluição produzida pelos carros contamina o ar com gases nocivos como o monóxido de carbono ou até mesmo com o dióxido de carbono, que é um dos mais conhecidos vilões responsáveis pelo nosso efeito estufa...

Nossa primeira idéia seria dizer: Culpa do governo, que não cuida do transporte público e não o torna mais eficiente. Se as passagens fossem baratas, sairia proporcionalmente muito mais caro abastecer o carro; Se houvesse mais veículos, seria muito mais rápido e mais confortável; se as linhas fossem melhor distribuídas, não precisaríamos andar muito da parada de ônibus até nosso destino final!

O único problema é que temos mania de esperar que o governo conserte tudo! Sim, ele tem sua responsabilidade, mas nós podemos fazer nossa parte também!

Pare pra pensar e veja quantas pessoas da sua universidade ou do seu trabalho moram perto da sua casa? Quantas delas têm carro? Quantas o utilizam como meio de transporte?


Engarrafamentos: Ninguém merece, neah?



Com a carona sustentável, sairia muito mais barato e poderíamos diminuir em pelo menos um terço o número de carros nas ruas. Imagine sua vida sem engarrafamentos nos horários de pico? Se cada um fizer sua parte, podemos construir um mundo cada vez melhor... O que não adianta é ficar parado, sempre colocando a culpa nos outros e esperando que eles tomem a iniciativa!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Descarte de medicamentos

Quem não tem em casa uma farmacinha particular?

Muitas pessoas mantêm em casa uma farmácia particular, equipada com comprimidos para dor de cabeça, de estômago, xarope para gripe, pomadas entre outros medicamentos. Certamente medicamentos são essenciais para resolver os problemas de saúde, mas depois que a enfermidade passou, normalmente sobram comprimidos nas caixas, xarope nos vidro e até ampolas de injeção. Tudo isso fica guardado nos armários até perder a validade.

Muitos medicamentos possuem componentes que resistem ao tempo e, como não recebem tratamentos específicos, podem passar a ser substâncias nocivas que a população consome sem ter a menor idéia a respeito desse perigo. Além de que essas substâncias químicas podem contaminar o solo e a água e não devem ser descartados no lixo comum. O problema é que boa parte da população não sabe disso, não há orientação e não existem postos de recolhimento.

Algums pessoas descartam medicamentos vencidos ou não utilizados no vaso sanitário, outras descartam no lixo, sem contar que cerca de 50 à 90% de uma dosagem do fármaco que ingerimos, é excretado pelo nosso organismo, na urina e nas fezes, de maneira inalterada, ou seja, tudo isso vai parar no meio ambiente, e pode voltar para nossa casa e podemos consumir água ou alimentos cultivados no solo impregnados com resíduos de medicamentos. Isso pode acontecer, pois as Estações de Tratamento de Esgoto não possuem técnicas eficazes de remoção desses medicamentos pelos processos convencionais de tratamento de efluentes domésticos.

Mas o que fazer quando esses medicamentos vencem ou simplesmente não devem mais ser usados?

Infelizmente não existem postos de coleta, a criação de postos de coleta de medicamentos vencidos, da mesma forma que se começa a fazer com pilhas e baterias usadas, seria a única solução adequada para livrar populações inteiras de intoxicações que podem se tornar crônicas e altamente prejudiciais à saúde.

O que podemos fazer é proporcionar esclarecimento e conscientização de um maior número de pessoas, com campanhas que visem educar a população a se preocupar mais com a forma e o destino de remédios descartados após vencimento ou inutilização. Dessa maneira é possível pressionar as autoridades para que não protelem diante de um problema de tamanha importância.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sucatas

Gente... tem um vídeo no youtube interessante sobre a reutilização de materiais:
"Sucateando" exibido pelo Canal Futura.

Assista aqui:


Telhados com caixa de leite


Achamos na internet uma matéria que ensina a fazer telhados com caixinha de leite! É uma boa alternativa, barata, que deixa a casa mais fresca, e você ainda estará reaproveitando um material que iria para o lixo
Veja a matéria e aprenda:

Caixinhas de longa vida deixam a casa mais fresca

Uso da embalagem como isolante térmico ajuda a reduzir a temperatura nos ambientes em até 8º C

Caixinhas de leite que sempre vão parar no lixo podem ser reaproveitadas e transformadas em isolante térmico alternativo para residências e galpões, reduzindo a temperatura no interior dos imóveis em até 8º C. A utilização das embalagens Tetra Pak pode ser feita de forma artesanal, pelo próprio morador, diminuindo os custos. Outra opção são as telhas feitas de caixas de Tetra Pak recicladas, vendidas com preços até 25% menores do que os materiais concorrentes.

A idéia de reaproveitar as embalagens de forma artesanal virou tema de estudo na Unicamp e resultou no Projeto Forro Vida Longa – uma alusão ao leite Longa Vida. O professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp e coordenador do projeto, Celso Arruda, explica que a proposta partiu do engenheiro Luís Otto Schmutzler, que juntamente com professores da faculdade desenvolveu todo o processo de aproveitamento das caixinhas de Tetra Pak para uso em habitações populares. Arruda afirma que a transformação das embalagens em isolante é simples e pode ser feita por qualquer pessoa.

Como fazer :

O primeiro passo é abrir totalmente as caixinhas, descolando as emendas e fazendo um corte vertical para que a embalagem fique completamente plana. Em seguida, é feita a limpeza com água, sabão em pó e um pouco de desinfetante. Depois de secas, as embalagens devem ser coladas lado a lado, com cola branca ou de sapateiro, formando uma manta sobre a laje superior da casa, abaixo do telhado.

Para o perfeito funcionamento do isolamento térmico, é muito importante que a manta não encoste nas telhas, deixando um espaço mínimo de dois centímetros para a circulação do ar. O professor da Unicamp diz que a manta de Tetra Pak bem aplicada tem o mesmo desempenho dos placas de alumínio (foils) vendidos no mercado, ajudando inclusive na proteção contra goteiras provocadas por falhas no telhado.

A explicação está na composição das caixinhas, formadas por 5% de alumínio, 20% de plástico e 75% de papelão. O alumínio reflete mais de 95% do calor, ajudando a diminuir a temperatura interna dos ambientes em até 8º C.

Baixo custo
Para Arruda, as mantas de Tetra Pak são uma boa solução para favelas, habitações populares e galpões, já que a instalação tem custo muito baixo, não exige mão-de-obra qualificada e também não há compromisso com a estética. A idéia, no entanto, tem conquistado um público maior. Recentemente, a solução foi adotada pela arquiteta Consuelo Carleto na construção da nova unidade da fábrica de calçados Pé de Ferro, em Franca (SP). No projeto, as caixinhas foram coladas no seu formato original, sem serem desmontadas antes, para redobrar a proteção térmica nos 200 m2 que cobrem a área administrativa da empresa. “As pessoas trabalham melhor com a temperatura agradável e os gastos com ar-condicionado diminuem bastante.”

Sem ir para o lixo
Ainda há o lado ecológico, já que as embalagens que vão para o lixo levam dezenas de anos para se decompor nos aterros. Para incentivar a reciclagem das caixinhas, a Tetra Pak desenvolveu uma tecnologia para que fabricantes pudessem transformar o alumínio e plástico presente nas embalagens em telhas e chapas planas. A Ibaplac, localizada em Ibaté (SP), produz mensalmente 7 mil peças, entre telhas e placas, utilizando cerca de 100 toneladas de matéria-prima. “São telhas mais leves do que as de fibrocimento, mais duráveis e mais baratas”, afirma o diretor industrial da empresa. Eduardo Gomes.

Outras oito fábricas espalhadas pelo País fabricam esse tipo de produto. Segundo o diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, Fernando Von Zuben, mais de 60 mil telhas são fabricadas mensalmente. “Além de garantirem conforto térmico, as telhas custam até 25% menos do que as de amianto ou fibrocimento.” A partir das embalagens, também são fabricados móveis, vassouras e uma série de produtos para casa.

De acordo com Zuben, 30 mil toneladas de Tetra Pak são reciclados por ano, mas o volume corresponde somente a 20% do total produzido pela empresa. “Todas as embalagens separadas na coleta seletiva são recicladas e ainda existe uma capacidade ociosa de 40% para aumentar a reciclagem”, avisa.
Unicamp: 19-3788-5125

Fonte: http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=23

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Manual do Consumo Sustentável


O portal do MEC disponibiliza na internet o "Manual de Educação - Consumo Sustentável".

Ele está bem dividido em seções (Cidadania e Consumo Sustentável, Água, Alimentos, Biodiversidade, Transporte, Energia, Lixo, Publicidade), e para cada seção existe atividades que podem ser trabalhadas pelo educador com seus alunos!

Esse material é muito bom, vale a pena conferir!
Aqui está o link: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf

Postos de Reciclagem

Aqui em Brasília nós temos alguns postos de reciclagem, se você possui um grande descarte de algum tipo de material é legal se informar de algum lugar que possa recebê-lo pra você!
Aqui citaremos alguns:

Capital Recicláveis
papéis, papelão, jornais, revistas, sucatas (ferro), alumínio e plástico.
SAAN Qd 05 lt 4 - Brasília, DF
(61)32010002

Ideal Reciclagem
compra e venda de sucatas em geral. escolhas, canos, chapas, cantoneiras e etc.
Qd 2 SMCC lt 48/54 - Brasília, DF
(61)33744408

MC Metálicos Comercial
compramos sucatas e escolhas em geral. vendemos canos, chapas, cantoneiras e outros.
CSG 9 lt 17/18 - Taguatinta Sul, DF
(61)33565333

Reciclagem Rio Campos
latinhas, garrafas, plásticos, PVC, papel, ferros, ferragens, sucatas de ferro e vidro. venda de madeiras e telhas.
QI 6 lt 36/38 - Taguatinga Norte, DF
(61)33541312

ARCAM - Associação Recicladores da Candangolândia
QR OA Cj VC - Candangolândia, DF
(61)33018681

Cima Reciclagem
QI 4 lt 14 - Taguatinga, DF
(61)33540059

HS Ferros Metais e Papéis
QI 3 lt 35 - Taguatinga, DF
(61)33542001

LR comércio de produtos reciclados e reciclagem
Q 20 lt 9 - Ceilândia, DF
(61)33741603

O que você pode fazer com o lixo



Pequenas ações no dia-a-dia podem minimizar os problemas causados pelo lixo. Veja algumas dicas:

-Pensar se realmente precisa de determinados produtos e comprar somente o necessário;

-Planejar a compra de alimentos para não haver desperdícios;


-Comprar produtos duráveis e resistentes, evitando os descartáveis;

-Reduzir a quantidade de pacotes e embalagens (levar de casa embalagens para as frutas, verduras e legumes, preferir embalagens econômicas que possuem menos embalagem por produto, comprar produtos que tenham refil, levar de casa sacolas ou carrinhos para diminuir o uso das sacolas plásticas no mercado, evitar a compra de sacos de lixo, utilizando as sacolas que embalam as compras;



-Juntar-se a outros consumidores e exigir produtos sem embalagens desnecessárias;

-Consertar produtos em vez de descartá-los e comprar outro;

-Comprar produtos cujas embalagens são reutilizáveis e/ou recicláveis;

-Escolher produtos de empresas certificadas que desenvolvam programas socio-ambientais e/ou que sejam responsáveis pelos produtos pós-consumo;


-Emprestar ou alugar equipamentos que não são usados com muita frequência, ao invés de comprá-los;

-Doar produtos;

-Separar os materiais recicláveis e encaminhá-los para artesãos, catadores, entidades ou empresas que reutilizarão ou reciclarão os materiais;


-Evitar queima de lixo, se não houver coleta, enterre-o ao invés de queimá-lo;

-Fazer sua própria compostagem se possível;

-Organizar-se em sua comunidade, trabalho... e iniciar um projeto de separação de materiais recicláveis;


-Evitar gastos de papel e outros materiais desnecessários para embrulhar presentes;

-Evitar a compra de cadernos e papéis que usam cloro no processo de branqueamento;

-Evitar a compra de produtos que possuem elementos tóxicos ou perigosos;

-Não descartar remédios, injeções e curativos no lixo, procure com um farmacêutico ou em um posto de saúde uma alternativa de descarte mais adequada;

-Usar detergentes e produtos de limpeza biodegradáveis;


-Utilizar pilhas recarregáveis ou alcalinas;

-Deixar a bateria usada do seu carro no local onde adquiriu a nova e certificando-se que existe um sistema de retorno ao fabricante;

-Deixar os pneus velhos nas oficinas de troca;

-Colecionar dicas ambientais sobre consumo sustentável e compartilhá-las com seus amigos.



Fonte: CONSUMO SUSTENTÁVEL. Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/ IDEC, 2005. 160p.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Design Sustentável

por Luiz Fernando do Valle

Vivemos em um mundo onde a forma tem um papel importante como construtora de imagem e como percepção de modernidade e qualidade. Bonito, prático, funcional, moderno, durável e útil são algumas características inerentes à nossa aceitação ou não de determinados produtos.

O termo design sustentável surgiu recentemente com o propósito de trazer um novo conceito que incluísse os significados das duas palavras. O termodesign significa o ato de projetar, desenvolver ou criar, buscando sempre a evolução do que já existe. Já a palavra sustentável, no novo conceito aplicado a ela, é fazer algo considerando os seus três aspectos:economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto - O Triângulo da Sustentabilidade.

Produtos concebidos dentro da visão do design sustentável devem respeitar a preocupação com o meio ambiente, diminuindo, assim, os problemas da extração da matéria-prima e da energia necessária para sua fabricação. Esses produtos também devem ser acessíveis economicamente ao maior número de pessoas possível. Tratar os aspectos sociais de forma mais ampla. Por último, têm também que cumprir uma função fundamental e básica: trazer o bem-estar e a satisfação a quem os utiliza.

O conceito dos 3R(erres) (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) deve estar presente nos produtos desenvolvidos dentro da visão do design sustentável. Esses produtos, quando na sua fase de concepção, devem ser elaborados já para possíveis reutilizações para sua função principal. Com uma maior durabilidade que evite baixa utilização e uso de materiais que permitam a reciclagem.

O design sustentável projeta no presente com olhos no futuro. Essa afirmação procura colocar os dois tempos, presente e futuro, existindo simultaneamente, pois as necessidades que geraram a sua fabricação devem considerar todos os aspectos envolvidos e seus impactos no agora e no depois.

As fases do ciclo de vida de um produto são a extração das matérias-primas, a produção com seu consumo de energia, a distribuição até o consumidor final, a sua utilização e, por fim, o seu destino final. O principal objetivo do design sustentável é reduzir ao máximo o impacto ambiental desse produto em todas as suas fases.

Li recentemente em um site um provérbio dos índios americanos Lakota Sioux que dizia: “Não herdamos a terra dos nossos pais, pedimo-la emprestada aos nossos filhos”. Acredito que essa frase traduza, de uma forma muito adequada, a nossa responsabilidade com as gerações futuras, e como devemos estar atentos ao definir nossas necessidades presentes.

Um bom exemplo da aplicação do design sustentável em um produto muito importante em nossas vidas são as residências, que tanto na sua fase de construção como depois, na sua utilização, causam grandes impactos aomeio ambiente.

Se houver em ambas as fases o uso desse conceito, podemos produzir essas residências com baixo impacto ambiental, os empreendimentos sustentáveis, e permitir que os seus futuros moradores se beneficiem da vantagem do baixo consumo de recursos naturais com a sua respectiva redução de custo para mantê-las.

O design sustentável preocupa-se com os materiais e a energia usados, assim como com a sua funcionalidade e destino final, mas é o desenho final da forma que melhor traduz como as pessoas perceberão e aceitarão esse produto.

Na construção civil temos um grupo de profissionais que se preocupam com a relação do desenho e a funcionalidade com a percepção de quem irá usar o imóvel. Isso é chamado de Arquitetura da Felicidade.

Esses profissionais, geralmente arquitetos, procuram projetar as construções de residências e escritórios buscando uma nova perspectiva das necessidades de quem lá irá morar ou trabalhar. A felicidade é algo que pode ser facilitado através do desenho do projeto proposto. Cuidados com o conforto ambiental e a estética ajudam, e muito, a criar esses ambientes saudáveis.

Portanto, projetar um produto é mais do que só resolver suas características e desenho final, é poder avaliar o seu impacto no meio ambiente e na felicidade dos seus usuários.

Dejetos de Suínos




A demanda por carne suína e seus derivados estimulou a expansão da criação de suínos, resultando na intensificação dos criatórios em confinamento, especialmente no Oeste de Santa Catarina. Isso trouxe em conseqüência, um grande aumento da quantidade de dejetos produzidos, os quais inadequadamente tratados e reaproveitados, passaram a causar poluição ambiental.

A nova realidade dos mercados consumidores, exigindo produtos de qualidade, preços competitivos e oriundos de sistemas não-poluidores do ambiente, passou a exercer crescente pressão para a reciclagem desses resíduos, dentro de padrões aceitáveis sob o ponto de vista sanitário, econômico e ambiental.

Embora já se conheçam diversas alternativas para a reciclagem dos dejetos, a sua utilização como fertilizante do solo é a mais adotada, por ser a de mais fácil operacionalização nas propriedades rurais.

Deve ser destacado, no entanto, que a operacionalidade não é um critério suficiente, porém, para que se possa considerar o uso como fertilizante, como a solução definitiva para o problema dos dejetos de suínos, pois também este tipo de reciclagem pode ocasionar danos ambientais, conforme é abordado neste artigo.

A adubação com dejetos de suínos e a qualidade ambiental


Os dejetos de suínos têm sido utilizados como fertilizante do solo, porque possuem elementos químicos que podem se constituir em nutrientes para o desenvolvimento das plantas, da mesma forma como aqueles empregados nos fertilizantes químicos.


Mas ao contrário dos fertilizantes químicos, os dejetos de suínos possuem composição química muito variável, em função principalmente da alimentação e manejo da água empregados nos criatórios. Enquanto os fertilizantes químicos podem ser formulados para cada tipo de solo e cultura, os dejetos de suínos apresentam, simultaneamente, vários nutrientes que se encontram em quantidades desproporcionais em relação àquelas necessárias para as plantas. Com isso, as adubações contínuas com dejetos poderão ocasionar desequilíbrios químicos, físicos e biológicos no solo, cuja gravidade dependerá da composição desses resíduos, da quantidade aplicada, da capacidade de extração das plantas, do tipo de solo e do tempo de utilização dos dejetos.

Para que qualquer sistema agrícola adubado com dejetos se constitua num sistema auto-sustentável é necessário que, por um lado, as quantidades retiradas pelas plantas sejam repostas, através de adubações orgânicas ou químicas e, por outro, que as quantidades de nutrientes adicionadas não sejam maiores do que aquelas requeridas pelas plantas.

Se as quantidades adicionadas forem menores, haverá diminuição da produtividade e, por conseqüência, da lucratividade, o que inviabiliza o sistema do ponto de vista econômico. Se as quantidades adicionadas forem maiores, no entanto, haverá acúmulo de nutrientes no solo, resultando, a médio e longo prazo, na deterioração da qualidade do solo e das suas águas.

A situação em outros países


Em outros países onde os dejetos vêm sendo utilizados como fertilizante do solo por longos períodos, como na Alemanha e Holanda, a poluição ambiental exigiu a implantação de medidas restritivas muito rígidas quanto à sua aplicação, na tentativa de preservação e recuperação do solo e das águas de superfície e de subsuperfície.

Na Bélgica, a região de Flandres está em situação crítica. É importantíssimo destacar que naquela região, reconhecidamente de alta densidade suinícola, o total dos dejetos produzidos por todas as espécies de animais criados em confinamento é de 50 ton./ha/ano, uma quantidade inferior àquela verificada em algumas micro-regiões de SC, considerando-se apenas os suínos.

Nesses países, alguns dos principais problemas hoje existentes, como o acúmulo de nutrientes no solo e o excesso de nitratos nas águas, são de difícil solução, pois advêm, em grande parte, do efeito retardado da aplicação de grandes quantidades de dejetos por longos períodos. Nessas circunstâncias, a despoluição das águas e a remoção do excesso de nutrientes do solo, de maneira a se retornar aos teores originalmente existentes, é praticamente inatingível. Prejuízos causados pela aplicação de excessivas quantidades de dejetos ao solo.


A aplicação de grandes quantidades de dejetos ao solo, freqüentemente considerada uma maneira "prática e econômica" de se retirar tais resíduos das instalações, pode provocar o acúmulo de nutrientes, que por sua vez, poderão resultar em prejuízos econômicos diretos aos agricultores, podendo-se destacar:

1. Menos opções para a diversificação das atividades agropecuárias, pela redução do número de espécies possíveis de serem cultivadas, em função da diferente suscetibilidade de cada espécie aos desequilíbrios químicos provocados no solo;

2. Queda na produtividade de cereais, especialmente devido ao excesso de nitrogênio;

3. Intoxicação de animais, ocasionada pelo acúmulo excessivo de determinados nutrientes na forragem, como, por exemplo, o cobre, prejudicial a ovelhas;

4. Menor preço de venda de produtos, como as hortaliças, depreciadas pela diminuição na sua qualidade, devido ao acúmulo de metais pesados, ou pela desproporção entre partes vegetativas e reprodutivas ou de reservas, provocada pelo excesso de nitrogênio no solo.


Causas da demora na percepção dos efeitos negativos da adubação com dejetos de animais


Como causas da demora na percepção da dimensão dos efeitos adversos da utilização de dejetos animais como fertilizante, pode-se destacar as seguintes:

1. As criações em larga escala, resultando em grandes acúmulos de dejetos, são relativamente recentes;

2. O impacto ambiental negativo foi aumentando paulatinamente, de maneira que só lhe foi dada real importância, no momento em que se perceberam conseqüências negativas à saúde pública e à economia;

3. Os dejetos de suínos não são matéria orgânica irrestritamente benéfica ao solo. As adubações orgânicas reconhecidas como benéficas ao solo no passado, eram efetuadas com resíduos de vegetais e de dejetos de animais alimentados fundamentalmente com pastagens ou silagens. Os alimentos atualmente fornececidos aos suínos são, entretanto, altamente concentrados em nutrientes, que não são aproveitados integralmente, motivando a excreção de dejetos mais concentrados em nutrientes e, portanto, muito diferentes daqueles resíduos vegetais e animais classificados como matéria orgânica benéfica ao solo;

4. Foi somente no início da década de 60 que surgiram alguns equipamentos laboratoriais mais exatos e precisos para a determinação de metais pesados, os quais, em pequenas quantidades já são suficientes para causar contaminação ambiental;

5. Os fertilizantes químicos são um insumo escasso e, por isso, as quantidades aplicadas ao solo são as menores possíveis. Os dejetos de suínos, ao contrário, são um resíduo ou "insumo abundante", e, por isso, são aplicados em freqüências e quantidades excessivas em relação à capacidade de absorção das plantas.


Para ilustrar esta situação, pode-se fazer algumas projeções baseadas nas seguintes informações do Oeste de Santa Catarina: rebanho de 3.431.932 cabeças, 20.000 suinocultores empresariais, área apta para agricultura de 791.000 ha e excreção de 32,7 g diárias de Nitrogênio por animal. Nestas condições, cada propriedade suinícola teria uma disponibilidade anual de 2048 kg de nitrogênio proveniente dos dejetos e, para reciclá-los, necessitaria de uma área mínima de terras aptas de 15 ha.


Com isso, mesmo desconsiderando-se o excesso de micronutrientes, a área total mínima por propriedade suinícola não poderia ser menor do que 47 ha, pois apenas a terça parte do total das terras da região são classificadas como aptas para agricultura. Entretanto, 94 % das propriedades rurais do Oeste de Santa Catarina possuem área total menor do que 50 ha e 70 % delas possuem menos do que 20 ha.


Qual é o limite, quanto se pode aplicar de dejetos de suínos em cada solo?


Os dejetos de suínos contêm elementos químicos que, se por um lado podem promover o desenvolvimento das plantas, também podem causar danos ambientais.


A pergunta que se faz é qual a quantidade de dejetos que se pode adicionar ao solo, e por quanto tempo, sem que hajam conseqüências negativas por desequilíbrio iônico, fitotoxicidade às plantas, poluição da atmosfera por volatilização e contaminação das águas de superfície e de subsuperfície por lixiviação, de maneira que os sistemas adubados com esses resíduos sejam auto-sustentáveis?


Independentemente do tipo de solo e região, o ponto de partida para tornar auto-sustentáveis os sistemas agrícolas adubados com dejetos de suínos, é a diminuição da sua carga poluente, destacando-se a quantidade de matéria orgânica e de nutrientes. Várias são as alternativas para atingir tal objetivo, especialmente a utilização de dietas mais bem balanceadas, manejo do rebanho mais adequado, medidas gerais de higiene e linhagens de suínos com aproveitamento superior dos nutrientes fornecidos. Ainda assim, no entanto, persistirá o desbalanço entre a quantidade de nutrientes adicionados e a capacidade de extração das plantas.


A única forma de evitar o desequilíbrio químico do sol, e os danos ambientais advindos do excesso de nutrientes provenientes dos dejetos, é limitar a aplicação da quantidade de dejetos à quantidade de nutrientes extraídas pelas plantas. Os nutrientes não supridos integralmente via dejetos seriam complementados por meio de fertilizantes químicos isentos ou com mínima quantidade de outros elementos químicos contidos nos adubos na condição de impurezas. Isto é especialmente válido para os metais pesados como o cádmio, cromo, arsênio, níquel e chumbo.


Ante a exigência dos consumidores quanto a qualidade dos produtos e a necessidade de preservação da capacidade produtiva do solo e da qualidade da água para as futuras gerações, alguns países europeus têm buscado atingir a meta definida como "resíduo zero", ou seja, somente adicionar ao solo, as quantidades necessárias para se repor o que é extraído pelas plantas, descontando-se as quantidades que ingressam no sistema, qualquer seja a fonte.


Enquanto as pesquisas para o estabelecimento de limites mais condizentes com as plantas, clima e solos brasileiros encontram-se ainda em andamento, alguns critérios podem ser seguidos para disciplinar o uso de dejetos como fertilizante do solo:


1. Fornecimento de dietas mais bem balanceadas para os suínos, evitando-se os excedentes, principalmente de N, P, Cu e Zn.

2. Proceder a análise química dos dejetos, para que as quantidades a serem aplicadas sejam calculadas com base na sua composição de nutrientes, e a demanda de cada cultura em cada solo.

3. Proceder, periodicamente, a análise química do solo, para se conhecer e registrar a evolução do seu balanço de nutrientes.

4. Analisar periodicamente as águas de subsuperfície dos solos onde se aplica dejetos, pois a qualidade da água do solo é o principal indicativo das perdas através do perfil, como de nutrientes, nitratos e organismos patogênicos.

5. Acompanhamento do comportamento das plantas a campo, tendo em vista a detecção de eventuais distúrbios ou sintomas de deficiência ou fitotoxicidade de nutrientes ocasionados pelos dejetos.

FONTE:
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves
Ministério da Agricultura e do Abastecimento
Caixa Postal 21 - CEP 89700-000 - Concórdia-SC
Tel: (49) 442-8555 Fax: 442-8559
E-mail: sac@cnpsa.embrapa.br



Cientistas criticam Código Florestal na revista Science

Notícia do dia 23/07/2010
Cientistas criticam Código Florestal na revista Science

A discussão sobre o novo Código Florestal ultrapassou fronteiras e foi parar nas páginas da revista Science, uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo. A última edição da revista, que circula nesta semana, contém uma carta de cientistas brasileiros com fortes críticas as propostas de reformulação da legislação que está em análise no Congresso Nacional.

Os autores dizem na carta que a revisão da legislação preocupa a comunidade cientifica brasileira, "a qual foi solenemente ignorada na formulação da proposta". Eles alertam a comunidade científica internacional, público alvo da revista, que as novas leis "irão beneficiar setores que dependem da expansão da fronteira agrícola por meio da conversão de áreas de florestas e cerrados, e reduzirão das exigências para recomposição da vegetação nativa ilegalmente suprimida desde 1965".

O texto é assinado pelos cientistas Jean Paul Metzger, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP); Thomas Lewinsohn, do Departamento de Biologia Animal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Luciano Verdade e Luiz Antonio Martinelli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da USP; Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP; e Carlos Alfredo Joly, do Instituto de Biologia da Unicamp.

Na carta, os cientistas avisam que se a nova lei for aprovada as emissões de CO2 crescerão substancialmente, invertendo a tendência de redução apontada recentemente em Copenhagen. Eles preveem também o risco de extinção de mais de 100 mil espécies, "uma perda massiva que compromete compromissos e metas de conservação da biodiversidade". Segundo os cientistas, os defensores da nova legislação "são, sabidamente, associados a grupos específicos do setor do agronegócio, que reclamam da redução de terras disponíveis para a expansão da agricultura e consideram a legislação vigente de proteção ambiental excessiva e exagerada, por atender aos interesses internacionais capitaneados por organizações não-governamentais ambientalistas".

Os cientistas lembram no comunicado que estudos recentes mostram que mesmo sem a derrubada de novas áreas de vegetação nativa, a produção de grãos pode ser ampliada, convertendo-se pastagens disponíveis para agricultura e intensificando a produção pecuária nas pastagens restantes. "O Brasil apresenta um grande potencial para atingir um desenvolvimento sustentável conservando seu patrimônio biológico único."

Eles relatam que apesar da contestação do Ministério do Meio Ambiente e da maioria dos cientistas, "a articulação de políticos tradicionais com grupos econômicos oportunistas e poderosos fazendeiros poderá criar uma condição de difícil resistência". Eles alertam que a situação é delicada e séria, pois o Brasil corre o risco de sofrer um retrocesso de meio século, com consequências criticas e irreversíveis além dos seus limites.

O assunto será um dos destaques da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência que começa no próximo domingo (25) em Natal (RN). Para a quinta-feira (29) está programada a mesa-redonda "O Código Florestal Brasileiro: mudar ou não mudar?".

Participarão dos debates o ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, o diretor de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros, o pesquisador do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências da USP, Jean Paul Metzger, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Contag), Alberto Broch. A coordenação estará a cargo do diretor do Departamento de Ciência Florestal da Universidade Federal Rural de Pernambuco, José Antonio Aleixo da Silva.

O assunto volta à discussão no dia 3 de agosto, quando os coordenadores do Programa Biota-Fapesp, uma articulação da comunidade científica paulista, promove um evento técnico-científico sobre "Impactos potenciais das alterações do Código Florestal Brasileiro na biodiversidade e nos serviços ecossistêmicos".

Após a derrota dos ambientalistas nas votações na comissão especial do Código Florestal no Congresso Nacional, a comunidade científica surge como peça de resistência às propostas do relator Aldo Rebelo (PCdoB/SP).

A matéria é de Venilson Ferreira, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeeFPoint.

Sacolas Plásticas

As sacolas plásticas, aquelas famosas sacolinhas de supermercado, que você encontra aonde for, elas poluem e muito o meio ambiente e demoram pelo menos 300 anos para se decompor no meio ambiente. Isso acontece pois a matéria prima desses sacos é um derivado do petróleo, uma resina chamada polietileno de baixa densidade.

Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente - o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês. Por fim, são 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima das sacolas, ou 10% de todo o detrito do país. Não há dúvida: é muito lixo.



Sem contar que a produção do plástico é ambientalmente nociva. Para produzir uma tonelada de plástico são necessários 1.140 kw/hora (esta energia daria para manter aproximadamente 7600 residências iluminadas com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os dejetos resultantes.

Muitas dessas sacolas, assim como outros lixos produzidos pelo homem acabam indo parar no mar e são confundidos por peixes, golfinhos, pássaros e principalmente, pelas tartarugas marinhas como águas vivas, um de seus alimentos. Ao ingerir o saquinhos esses animais morrem por obstrução do aparelho digestivo. Muitos deles agonizam e sofrem por muito tempo antes de morrer.


Eles também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo. Quando incinerado libera toxinas perigosas para a saúde.

Abolir o uso dessas sacolinhas parece evidente, mas não é tão simples. Existem divergências ambientais, culturais e políticas sobre como eliminar esse problema.

Muitos estudos estão em andamento, sobre sacolas biodegradáveis, alguns já obtiveram resultados positivos como por exemplo na Universidade Estadual de Londrina, em que foram criadas sacolas com uma mistura que tem em sua composição polvilho doce, poliéster e glicerol, obtendo um plástico que se decompõe em menos tempo na natureza.

Por outro lado, temos as indústrias do plástico, pressionando os políticos a não aprovarem leis que restrinjam o uso das sacolas. Além disso temos uma questão cultural muito forte, muitas pessoas, que não tem consciência da gravidade do problema, ou simplesmente não desejam mudar seu modo de vida, não abrem mão do conforto e da praticidade do usá-las. Já são tantos plásticos e lixos que jogamos na natureza todos os dias, porque não fazer um esforço, mudar um pouco e tentar de alguma maneira abolir esses malditos saquinhos da nossa vida?

Muita coisa pode ser feita:

  • Leve uma sacola própria para fazer as compras, seja no supermercado, na venda, quitanda ou feira. Não importa que nela não caibam todas as suas compras, leve duas, três ou dez delas. Tenha uma no carro ou na bolsa para horas de emergência.
  • As famosas "sacolas de feira" são uma boa opção, seja ela de plástico resistente, que vai durar mais tempo, e claro a de pano, que seria a melhor opção;
  • Se a quantidade de compras for muito grande, que não caiba em várias sacolas, peça no supermercado caixas de papelão para transportar as compras. Algumas redes de supermercados já oferecem esta opção;
  • Caso seu supermercado utilize sacolas biodegradáveis, de preferência para estas; mas tome cuidado com as sacolas oxibiodegradáveis. Apesar delas se "desfazerem" no ambiente, diferentemente de uma sacola biodegradável, que é consumida por microorganismos, a sacolas oxidegradáveis se utilizam de componentes químicos nocivos para decompô-la, continuando a poluir o ambiente, apenas não serão visíveis aos nossos olhos;
  • Dê preferência pelos sacos de papel, se não tiver essa opção e puder carregar suas compras sem sacolas recuse-as;
  • Repense suas compras. Será que tudo que você está comprando será utilizado ou boa parte irá estragar e ir para o lixo? Você precisa mesmo do que está comprando ou foi a propaganda que lhe disse para comprar? Quanto menos compras, menos saquinhos serão utilizados.

Aplicações simples e úteis de reciclagem

Na teoria, plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros, que, por sua vez, são formadas por moléculas menores, chamadas monômeros. É um material largamente utilizado, devido a seu fácil manuseio, redução de peso do lixo, menor consumo de energia na sua produção e praticidade, dentre outros fatores.
A questão é que o lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, e do total de plásticos produzidos no aqui, só reciclamos 15%. É um fato preocupante, principalmente se considerarmos que o tempo de decomposição do mesmo é superior a 100 anos.
Os plásticos recicláveis são: potes de todos os tipos, sacos de supermercados, embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e artigos domésticos, tubulações e garrafas PET ( que pode ser usada para a fabricação de cordas, fios de costura, cerdas de vasouras e escovas.)
Atualmente existem várias idéias e dicas de reciclagem de elementos plásticos. Profissionais das artes e donas de casa são os que mais expandem essa idéia mundo afora, contribuindo no reaproveitamento de elementos que, se despejados inadequadamente, causam efeitos negativos a longo prazo.
Pra deixar registrado aqui algumas idéias (que agradam principalmente ao gosto feminino), eis algumas imagens de produtos reciclados por donas de casa, retirados do blog que consta em cada foto (com os devidos créditos). Ora, não precisamos descartar todas as nossas garrafas, elas ainda podem ser usada por um longo tempo e assim poupar-nos de problemas maiores ainda no futuro.


O frasco de shampoo depois de usado ainda pode ter serventia!
Móbiles (PET)
Pulseirinhas (PET)
Marca-páginas
Cofrinho feito de garrafa PET


Um grande problema ambiental: pilhas e baterias


Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), constatou que aproximadamente 1 do lixo das cidades é constituído por resíduos sólidos que contém metais tóxicos, tais como Chumbo, Cádmio e Mercúrio e boa parte da fonte deste tipo de lixo são as pilhas e baterias descartadas erradamente juntas com o doméstico. Estes elementos podem contaminar os solos ou até mesmo lençóis freáticos e as pessoas que se contaminam por esses metais pesados podem sofrer de doenças tais como artrite crônica, danos ao sistema nervoso central e ao circulatório, aos rins, esterilidade e até mesmo óbito.
Segundo a legislação brasileira, cabe ao consumidor procurar a empresa de quem ele comprou aquele material e esta tem a obrigação de recolhê-las para que possa dar-lhes o devido tratamento. As pillhas e baterias que devem ser devolvidas são as de Níquel/Cádmio e que contenham os outros metais já citados. Certos tipos de pilhas podem ser descartadas com o restante do lixo, sendo elas:
- comuns e alcalinas usadas em brinquedos.
- de níquel-metal-hidreto (NiMH) usadas em celulares, telefones sem fio, computadores portáteis.
- de íons de Lítio usadas comumente em celulares, calculadoras, relógios, filmadoras, etc.
- de zinco usadas em aparelhos auditivos.
em miniatura usadas em relógios, agendas eletrônicas...

Uma maneira de reduzir o impacto ambiental do uso de pilhas e baterias é substituindo produtos antigos por novos que propiciem um maior tempo de uso, como o uso de pilhas alcalinas ou de baterias recarregáveis em lugar de pilhas comuns. Também pode-se eliminar ou diminuir a quantidade de metais pesados na constituição das pilhas e baterias.

Fique por dentro do assunto consultando o site Ambiente Brasil.

Fontes:ABINEE, Jorge Alberto Soares Tenório e Denise Crocce Romano Espinosa (www.cepis.ops-oms.org) Portal amigos da natureza (http://www.amigosdanatureza.net)

Ensino de Química


Resíduos e Rejeitos de Aulas Experimentais: O que fazer?

Quando há preocupação com temas relacionados ao meio ambiente, sempre nos lembramos dos resíduos que geramos. Ao mesmo tempo, nas escolas de ensino médio, há sempre a necessidade de aulas experimentais, a partir das quais os alunos poderão concretizar seu conhecimento. Desta forma, já que o tema deste blog é a própria educação ambiental, gostaríamos de dar destaque ao papel do professor na escolha de práticas experimentais que gerem menos danos ao ambiente.
Para diminuir a produção de resíduos químicos gerados, o professor deve tomar algumas medidas, entre as quais: reduzir a escala das experiências, diminuindo volumes e concentrações, utilizar reagentes com menor impacto ambiental, "reduzir, reusar, recuperar e reciclar" sempre que for possível, substituir reagentes químicos por similares não tóxicos, entre outras coisas.
Mesmo realizando estas medidas, serão gerados resíduos (que podem ser reaproveitados com ou sem tratamento) e rejeitos (que devem ser descartados após tratamento) que devem ter correta disposição final, respeitando incompatibilidades químicas. O importante, é ter consciência que ao despejar resíduos químicos na rede de esgoto, você não está empurrando o problema para outros e sim, gerando problemas para si próprio e para o lugar em que você vive.

Para saber mais sobre este assunto, consulte "MACHADO, P.F.L., MÓL, G.S. Resíduos e Rejeitos de Aulas Experimentais: O que Fazer?. QNEsc n° 29, agosto de 2008. pg 38-41."