quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sacolas Plásticas

As sacolas plásticas, aquelas famosas sacolinhas de supermercado, que você encontra aonde for, elas poluem e muito o meio ambiente e demoram pelo menos 300 anos para se decompor no meio ambiente. Isso acontece pois a matéria prima desses sacos é um derivado do petróleo, uma resina chamada polietileno de baixa densidade.

Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente - o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês. Por fim, são 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima das sacolas, ou 10% de todo o detrito do país. Não há dúvida: é muito lixo.



Sem contar que a produção do plástico é ambientalmente nociva. Para produzir uma tonelada de plástico são necessários 1.140 kw/hora (esta energia daria para manter aproximadamente 7600 residências iluminadas com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os dejetos resultantes.

Muitas dessas sacolas, assim como outros lixos produzidos pelo homem acabam indo parar no mar e são confundidos por peixes, golfinhos, pássaros e principalmente, pelas tartarugas marinhas como águas vivas, um de seus alimentos. Ao ingerir o saquinhos esses animais morrem por obstrução do aparelho digestivo. Muitos deles agonizam e sofrem por muito tempo antes de morrer.


Eles também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo. Quando incinerado libera toxinas perigosas para a saúde.

Abolir o uso dessas sacolinhas parece evidente, mas não é tão simples. Existem divergências ambientais, culturais e políticas sobre como eliminar esse problema.

Muitos estudos estão em andamento, sobre sacolas biodegradáveis, alguns já obtiveram resultados positivos como por exemplo na Universidade Estadual de Londrina, em que foram criadas sacolas com uma mistura que tem em sua composição polvilho doce, poliéster e glicerol, obtendo um plástico que se decompõe em menos tempo na natureza.

Por outro lado, temos as indústrias do plástico, pressionando os políticos a não aprovarem leis que restrinjam o uso das sacolas. Além disso temos uma questão cultural muito forte, muitas pessoas, que não tem consciência da gravidade do problema, ou simplesmente não desejam mudar seu modo de vida, não abrem mão do conforto e da praticidade do usá-las. Já são tantos plásticos e lixos que jogamos na natureza todos os dias, porque não fazer um esforço, mudar um pouco e tentar de alguma maneira abolir esses malditos saquinhos da nossa vida?

Muita coisa pode ser feita:

  • Leve uma sacola própria para fazer as compras, seja no supermercado, na venda, quitanda ou feira. Não importa que nela não caibam todas as suas compras, leve duas, três ou dez delas. Tenha uma no carro ou na bolsa para horas de emergência.
  • As famosas "sacolas de feira" são uma boa opção, seja ela de plástico resistente, que vai durar mais tempo, e claro a de pano, que seria a melhor opção;
  • Se a quantidade de compras for muito grande, que não caiba em várias sacolas, peça no supermercado caixas de papelão para transportar as compras. Algumas redes de supermercados já oferecem esta opção;
  • Caso seu supermercado utilize sacolas biodegradáveis, de preferência para estas; mas tome cuidado com as sacolas oxibiodegradáveis. Apesar delas se "desfazerem" no ambiente, diferentemente de uma sacola biodegradável, que é consumida por microorganismos, a sacolas oxidegradáveis se utilizam de componentes químicos nocivos para decompô-la, continuando a poluir o ambiente, apenas não serão visíveis aos nossos olhos;
  • Dê preferência pelos sacos de papel, se não tiver essa opção e puder carregar suas compras sem sacolas recuse-as;
  • Repense suas compras. Será que tudo que você está comprando será utilizado ou boa parte irá estragar e ir para o lixo? Você precisa mesmo do que está comprando ou foi a propaganda que lhe disse para comprar? Quanto menos compras, menos saquinhos serão utilizados.

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